segunda-feira, 25 de julho de 2011

Vejo Melhor de Olhos Fechados

           Talvez um dos sentidos que mais valorizemos em nosso corpo seja a visão. É completamente desconfortável andar em um lugar onde você literalmente não enxerga “um palmo na frente do nariz”. Uma situação como essa se torna ainda mais desconfortável quando algum objeto surge, inesperadamente, e atinge em cheio o nosso dedinho do pé, e você, depois de gritar de dor, se pergunta quem colocou aquele objeto ali!

           Lembrar-se de uma situação como essa, da qual você provavelmente já deva ter passado, pode fazê-lo pensar por que alguém colocaria como titulo uma frase como aquela acima.
Bem, isso tem uma boa explicação. É porque a visão da qual quero falar para vocês não é a nossa visão normal, mas sim uma outra visão, a visão das coisas espirituais. Uma visão que muitas vezes está completamente cega ou ofuscada pelas coisas mundanas, mas que nem nos importamos em sair andando por aí, iguais ao Sr. Magoo, aquele antigo personagem dos desenhos, que devido ao seu grande problema de visão, andava pelas ruas sem se dar conta dos inúmeros perigos pelos quais estava passando.

           A Bíblia nos diz que “o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Coríntios 2:14). Em outras palavras, você só vai conseguir ver as coisas espirituais com os olhos da fé. Mas para que os olhos da fé vejam alguma coisa, é preciso que os outros olhos estejam fechados em oração.

           Uma história bíblica nos ajuda a entendermos melhor isso. Certa vez a cidade do profeta Eliseu foi cercada pelo rei da Síria, que queria, a todo o custo, prender o profeta. Seu ajudante, ao levantar-se cedinho, e ver que a cidade estava cercada, percebeu que não teria para onde fugir, e se desesperou. Mas o profeta Eliseu, que enxergava espiritualmente muito melhor do que o jovem, disse a ele: “Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” (2 Reis 6:16-17). Este é somente um exemplo de que podemos ver melhor quando estamos com os olhos fechados em oração.

            Quando se perde um sentido, dizem que os outros se tornam mais aguçados. Assim também acontece com a nossa visão espiritual. Quanto mais fechamos nossos olhos para falar com Deus, mais Ele aumenta a nossa visão e a percepção das coisas espirituais. O que antes não entendíamos, passamos a entender; o que não conseguíamos enxergar, passamos a ver com os olhos da fé, através das lentes do evangelho.

             Deus tem grandes coisas preparadas para nós, coisas que “nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1 Coríntios 2:9). Aos que desejam descobrir que coisas são essas, Ele diz: “Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29:12-13).

             Se a sua visão espiritual não anda muito boa, feche seus olhos, ore a Deus, e faça o mesmo pedido que o cego de Jericó fez para Cristo: “Mestre, que eu torne a ver” (Marcos 10:51). Você verá que em pouco tempo já estará enxergando melhor!



Thiago Lessa Fiúza

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Escolhas

"Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povoe o teu Deus será o meu Deus! Onde morreres morrerei [...]."   (Rute 1:16-17)


Sabe o que mais me chama a atenção na historia de Rute? As circunstancias de sua escolha!
Pra quem conhece a história sabe que a decisão que ela tomou foi a mais difícil possível. Ela perdeu o sogro e o marido, então não tinha direito a mais nada que os pertencia. Nem ela e nem a sogra.

Se Rute voltasse pra casa ela poderia desfrutar da fartura de seu povo, os moabitas.
Então entre o fácil e o difícil ela escolheu o difícil, seguir uma mulher hebréia, que servia a um Deus que se opunha a todos os costumes em que ela foi criada.

Mas ai que está o brilho da história, ela tinha outra opção. Ela não tomou uma decisão no desespero. Ela resolveu ir com sogra e se entregou de corpo e alma aquela decisão, mesmo sabendo que no outro caminha ela encontraria um lar provavelmente rico.

Sabe CARETAZ, as vezes, quando tudo está perdido, nós nos entregamos de corpo e alma a Deus. Quando perdemos alguém, quando somos despedidos, quando uma doença nos assola. Deus é a única opção que temos. Então nos entregamos a Deus e ficamos mais perto dEle do que nunca. E eu digo amém por isso.

Mas CARETAZ, será que é esta a escolha que tomamos quando do outro lado tem fartura e “felicidade”? Será que nos declaramos pra Deus com tanta intensidade quando tudo está bom?

Se entregue a Deus a cada dia, mesmo que não seja o fundo do poço. Diz pra Deus: se for preciso eu morro por Ti.

Não deixe pra ser totalmente de Deus apenas quando Ele for a ultima escolha.






             Rodolpho Simões

terça-feira, 19 de julho de 2011

Cobranças




A primeira lembrança que tenho de alguém me cobrando algo é de minha mãe me cobrando de acordar para a escolinha de futebol (eu tinha só cinco anos!). Eu gostava de jogar bola, mas odiava acordar cedo. A partir desta lembrança, consigo puxar várias outras onde vejo pessoas me cobrando direta ou indiretamente e, às vezes, eu mesmo me cobrando por me sentir pressionado a fazer as coisas saírem de modo a levar outras pessoas dizerem: “Muito bom, gostei! Parabéns!”.

O mundo que gira ao nosso redor é cheio de cobranças de várias partes, e todas elas fazem com que nos sintamos pressionados a dar resultados positivos. No trabalho, na faculdade, na família, nossas cobranças pessoais, Deus..., espere aí...
...Deus?

Será que Deus também entra nessa classe de “coisas” as quais devemos prestar contas e termos um bom desempenho? A resposta é sim! Mas a pergunta correta é: O que corresponde a um bom desempenho na vida espiritual?

Muitas pessoas vivem prisioneiras de um Deus que vive em cima delas cobrando resultados ou, como preferir, atos de santidade. Negar a tentação, amar os inimigos, deixar aquele mau hábito, parar de comer besteira, dormir mais cedo, ser mais amável com as pessoas (a partir daqui você pode incluir as coisas que acha que Deus pede de você hoje). A lista pode ser infinita. E a cada tentativa frustrada de alcançar uma destas metas, sentimo-nos como se estivéssemos diante da mesa do chefe dizendo “não consegui terminar o relatório a tempo!” e, dito isso ouvimos “está demitido!”.

Em Genesis 1-3 lemos o relato da criação e queda do homem. Deus havia alertado o homem de que não devia comer o fruto da arvore que estava no centro do jardim e que no dia em que comesse dele, certamente morreria. Então o homem come e cai em pecado. Ao ouvir o homem que Deus se aproximava dele, teve medo e se escondeu. E é aqui que quero me deter com você. Deus disse para o homem que ele morreria no dia em que comesse do fruto. Eu imagino que Adão, ao ouvir Deus chegando pensou: “É agora, Ele veio me matar porque eu não fiz o que me pediu.”. Mas o interessante, é que Deus não mata Adão, nem Eva. Ele nem sequer os amaldiçoa! (A única pronúncia de maldição é sobre a serpente [2:14] e a terra [2:17], aos humanos, apenas conseqüências por seus erros).

Deus não veio para cobrar de nós o relatório de nossos pecados e acertos. Na verdade, o que Ele procura é relacionamento com Ele. Ele veio para dizer “oi!”. Ele não está preocupado com seus erros e acertos nesta vida. É fato que erraremos, e Ele já sabe disso, e é por isso que proveu uma solução: Jesus! A pressão é tirada quando colocamos os nossos fardos sobre aquele que “foi traspassado pelas NOSSAS TRANSGRESSÕES e moído pelas nossas iniqüidades” pois “o castigo que nos traz a paz estava SOBRE ELE, e pelas suas pisaduras FOMOS SARADOS”(Isaías 53:5).

Deus espera como um Pai amoroso que nos acheguemos a Ele como filhos, pois “a todos quanto o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (João 1:12). Quando recebemos a Deus como nosso Pai, Ele nos recebe como filhos.

Não vou cobrar nenhuma decisão sua diante da leitura deste texto, afinal de contas, seria talvez mais um objetivo espiritual a alcançar? Responder positivamente a esta leitura?
Apenas vou deixar você refletir nestas questões e a relação delas com sua vida (seja uma mente pensante/viva!).

Que Deus lhe abençoe!


Allan Alves

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Área de Descanso



Há alguns anos, enquanto viajava, uma placa na estrada me chamou a atenção. Ela dizia: “Área de descanso”, e logo à frente se encontrava um agradável espaço debaixo da sombra de uma grande árvore, com alguns bancos e mesas, onde os motoristas cansados poderiam entrar e encostar seus veículos, enquanto se recuperavam para continuar a viagem após um lanche tranquilo ou um bom cochilo.
Aquele era um beneficio gratuito, oferecido para todos aqueles que estivessem cansados demais para prosseguir adiante no caminho, e que precisavam parar um pouco para recarregar suas energias antes de seguir adiante. Ele havia sido feito para o motorista cansado.

Vivemos hoje em uma sociedade que não para nunca, e que acaba fazendo daquelas pessoas que a compõe verdadeiros escravos. Pessoas que não têm tempo pra nada, apenas para as suas tarefas e obrigações. 24 horas por dia, 7 dias por semana, somos forçados a seguir adiante nesse atalho insano da nossa rotina, e que na maioria das vezes, não sabemos aonde ele nos levará. Por mais que nos digam que este é o caminho para a felicidade, provavelmente, durante ele, passaremos pela raiva, pelo stress, pela frustração, pela decepção e até pela depressão, sem nunca chegar até a tal felicidade.
Isso acontece porque só existe um caminho que conduz à felicidade. Cristo disse: “Eu sou o caminho” (João 14:6), e aqueles que andam por este Caminho têm a certeza de que também existe uma “área de descanso” sempre à sua disposição.

Por saber que nenhum ser humano é de ferro, Deus separou, no fim de cada semana, uma “área de descanso” para você, afim de que você faça uma pausa na correria do seu dia-a-dia, e recupere suas energias físicas, mentais e espirituais. Ele diz: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro” (Êxodo 20:8-10). Em outras palavras, Ele está dizendo: “Filho, eu sei que você está cansado, por isso pare e descanse um pouco. Aproveite essa área de descanso que eu preparei pra você”!

O próprio Cristo nos disse que esse dia “foi estabelecido por causa do homem” (Marcos 2:27), para o benefício dele, e para que ele consiga descansar e ter forças para seguir adiante. A cada seis dias percorridos na estrada dessa vida, Cristo nos concede uma “área de descanso”, onde podemos encostar e passar bons momentos em Sua companhia.

Talvez você já esteja cansado de rodar pelos atalhos que o mundo te oferece. Já está cansado de andar, andar e sentir que não está saindo do lugar, ou até que está retrocedendo. Cristo te chama para sair desses atalhos e entrar no verdadeiro Caminho que conduz à felicidade. Ele diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). E que ao entrar nesse Caminho, você aproveite bem a “área de descanso” que Ele te oferece, até chegar ao seu destino final, a felicidade eterna!


Thiago Lessa Fiúza

terça-feira, 12 de julho de 2011

Graça

A graça nao é só um dom, mas também uma resposabilidade muito séria... Deus faz o convite (dom) a todos os homens, mas devemos estar devidamente vestidos de Cristo (responsabilidade) para podermos participar da sua festa. Mat 22:9-13.


Não torne a graça barata!!! 


#santificaçãoéparahj

sexta-feira, 8 de julho de 2011

1, 2, 3... FIGHT!

Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Romanos 7:19

Hoje eu venho escrever aos caretaz com o coração mais confuso possível, me vejo em uma guerra dentro de mim. A minha bipolaridade e a minha dupla personalidade me tornam tão diferente em momentos tão iguais.

Quando falo com Deus e aprendo sobre Ele eu sou forte e aconselho as pessoas, mas quando estou longe dEle, quando procuro coisas que não O agradam... me torno mal, sarcástico, irreconhecível.

Mas como? Sou o mesmo, do lado de fora não mudei! Mas por dentro não se passa um só dia sem que eu não mude do santo para o profano.

Então eu me lembro de uma frase de Jesus Cristo: “Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” (Mateus 24:13)

Lembro que tenho que continuar a lutar, continuar a buscar a Deus, ler e ler, orar e orar, até que um dia eu O veja, e não vou precisar de fechar meus olhos para falar com Ele.

Não se entregue ao seu lado pecador! Eu não me entregarei, vou continuar fazendo CARETAZ ao orar a Deus.

Agora para tudo que você estava fazendo e se abre com Cristo. Fala pra Ele como que você está, dessa luta que existe ai dentro. Tenho certeza que Papai vai te ajudar. Não solte a mão de Cristo e não soltará a sua!





Rodolpho Simões

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pedidos de uma Criança

Eu estava na fila de um super-mercado chamado Nordestão (Natal RN), na minha frente havia uma mãe e seu filho de uns 10 anos segurando seu presente Max Steel (herói fictício que tem um incrível poder....) brinquedo bem famoso e adorado por crianças dessa idade. Lembro-me que esse brinquedo foi lançado em 2000 quando eu tinha uns 11 anos estava na quinta serie, hoje chamado de sexto ano, eu era louco pra ter um desses, pedia incisivamente pro meu pai me dar um (mas ele pão duro rsrs nunca quis comprar pois “dinheiro não dá em árvore” como ele dizia rsrs). Na fila estava pensando “poxa vida porque nunca tive um desses” e comecei a reparar no brinquedo, ele parecia duro e sem mobilidade, grande demais para ser divertido e notei vários outros defeitos... conversando com DEUS ali mesmo na fila estava dizendo como eu sempre quis o Max Steel, como era fissurado para ter um quando menor e agora com mais idade achava desnecessário, infantil, caro, defeituoso.... As vezes oramos “Pai me concedi aquilo” Senhor me dá isso” “Deus eu preciso disso se não, eu não posso continuar” e Deus parece não nos responder, parece frio com nossos anseios, indiferente com nossos desejos, parece distante demais para responder... Jesus certa vez disse “Qual dentre vós que pedindo o filho pão, vai dar a ele uma pedra? Ou pedindo peixe vai dar a ele uma cobra? Ora vocês sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai que estás nos céus, vai dar coisas boas aos que pedirem?” (Mat 7:9-11). O problema que pedimos a Deus a “pedra” e a “cobra” e Deus não pode realizar e conceder esses pedidos, na realidade Ele quer dar o “pão” e o “peixe” aos seus filhos... Nessa fila eu entendi que DEUS por amor a nós diz NÃO, e quando crescemos, quando criamos maturidade começamos a entender que nossos pedidos por um “brinquedo desnecessário, infantil, caro, defeituoso, sem mobilidade, duro, grande demais para ser divertido, com vários defeitos....” iria nos atrapalhar, pois não iríamos aproveitar, não iríamos nos divertir com todos esses defeitos... que você cresça em Cristo, que a maturidade cristã aconteça na sua vida hoje, que seu coração bata igual o coração de Deus, que seus pedidos sejam os pedidos do coração de Deus e que você peça por “pão” e “peixe” que Deus dirá SIM com um grande sorriso nos lábios!!!!


Thiago Goese