terça-feira, 19 de julho de 2011

Cobranças




A primeira lembrança que tenho de alguém me cobrando algo é de minha mãe me cobrando de acordar para a escolinha de futebol (eu tinha só cinco anos!). Eu gostava de jogar bola, mas odiava acordar cedo. A partir desta lembrança, consigo puxar várias outras onde vejo pessoas me cobrando direta ou indiretamente e, às vezes, eu mesmo me cobrando por me sentir pressionado a fazer as coisas saírem de modo a levar outras pessoas dizerem: “Muito bom, gostei! Parabéns!”.

O mundo que gira ao nosso redor é cheio de cobranças de várias partes, e todas elas fazem com que nos sintamos pressionados a dar resultados positivos. No trabalho, na faculdade, na família, nossas cobranças pessoais, Deus..., espere aí...
...Deus?

Será que Deus também entra nessa classe de “coisas” as quais devemos prestar contas e termos um bom desempenho? A resposta é sim! Mas a pergunta correta é: O que corresponde a um bom desempenho na vida espiritual?

Muitas pessoas vivem prisioneiras de um Deus que vive em cima delas cobrando resultados ou, como preferir, atos de santidade. Negar a tentação, amar os inimigos, deixar aquele mau hábito, parar de comer besteira, dormir mais cedo, ser mais amável com as pessoas (a partir daqui você pode incluir as coisas que acha que Deus pede de você hoje). A lista pode ser infinita. E a cada tentativa frustrada de alcançar uma destas metas, sentimo-nos como se estivéssemos diante da mesa do chefe dizendo “não consegui terminar o relatório a tempo!” e, dito isso ouvimos “está demitido!”.

Em Genesis 1-3 lemos o relato da criação e queda do homem. Deus havia alertado o homem de que não devia comer o fruto da arvore que estava no centro do jardim e que no dia em que comesse dele, certamente morreria. Então o homem come e cai em pecado. Ao ouvir o homem que Deus se aproximava dele, teve medo e se escondeu. E é aqui que quero me deter com você. Deus disse para o homem que ele morreria no dia em que comesse do fruto. Eu imagino que Adão, ao ouvir Deus chegando pensou: “É agora, Ele veio me matar porque eu não fiz o que me pediu.”. Mas o interessante, é que Deus não mata Adão, nem Eva. Ele nem sequer os amaldiçoa! (A única pronúncia de maldição é sobre a serpente [2:14] e a terra [2:17], aos humanos, apenas conseqüências por seus erros).

Deus não veio para cobrar de nós o relatório de nossos pecados e acertos. Na verdade, o que Ele procura é relacionamento com Ele. Ele veio para dizer “oi!”. Ele não está preocupado com seus erros e acertos nesta vida. É fato que erraremos, e Ele já sabe disso, e é por isso que proveu uma solução: Jesus! A pressão é tirada quando colocamos os nossos fardos sobre aquele que “foi traspassado pelas NOSSAS TRANSGRESSÕES e moído pelas nossas iniqüidades” pois “o castigo que nos traz a paz estava SOBRE ELE, e pelas suas pisaduras FOMOS SARADOS”(Isaías 53:5).

Deus espera como um Pai amoroso que nos acheguemos a Ele como filhos, pois “a todos quanto o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (João 1:12). Quando recebemos a Deus como nosso Pai, Ele nos recebe como filhos.

Não vou cobrar nenhuma decisão sua diante da leitura deste texto, afinal de contas, seria talvez mais um objetivo espiritual a alcançar? Responder positivamente a esta leitura?
Apenas vou deixar você refletir nestas questões e a relação delas com sua vida (seja uma mente pensante/viva!).

Que Deus lhe abençoe!


Allan Alves

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